A Ordem Terceira do Carmo foi instituída na Bahia em 1636, sendo apenas de 1709 o início da construção da igreja, que forma um monumental conjunto arquitetônico com o convento e igreja do mesmo nome. A atual igreja, contudo, é posterior a 1788, quando um incêndio destruiu aquela primitiva, sendo inaugurada em 1803 e concluída em meados daquele século. Em alvenaria de pedra e tijolo, o edifício atende a um vasto programa arquitetônico que, além de igreja, compreende sacristia, casa da mesa, casa dos santos, ossuário, galerias etc. Seu partido segue a planta típica das igrejas matrizes setecentistas, com nave única com coro, corredores laterais superpostos por tribunas e sacristia transversal no fundo da capela-mor. A igreja e casa da Ordem são contornadas por galeria envidraçada. Sua fachada, concluída em meados do século XIX, em estilo rococó tardio, apresenta janelas tipo D. Maria I e torres terminadas com elementos ascendentes, de feição um tanto antiquada para a época. Sua técnica construtiva, contudo, mostra-se apurada com largo emprego de abóbadas de berço e de aresta. No interior neoclássico, destaca-se a imaginária, com obras atribuídas a Francisco Xavier Chagas, o "Cabra" - Nossa Senhora com Menino Jesus e Cristo Morto.
Desde a década de 1970, o Convento vem tendo uma atribuição hoteleira por falta de frades suficientes. Por conta da localização no Centro Histórico de Salvador, o Hotel Pestana do Convento do Carmo é uma repetição do que acontece na Europa, onde hotéis de luxo são instalados em prédios históricos.